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“QUANDO YESHI ENTROU PELA MINHA PORTA TIVE VONTADE DE CHORAR”

Já parou para pensar em quais lições natalinas aprendemos ao conviver com os animais domésticos?

19/12/21

Por: Patrícia Vidal

Yeshi desperta ensinamentos. (Foto: arquivo pessoal)

Três meses após adotar Yasmin, minha primogênita bigoduda, senti que ela precisava de companhia. Combinei de ir conhecer um gatinho para adoção. Outra protetora também traria um segundo gato para ampliar as opções. 


O primeiro pretendente sumiu. Nem o conheci! A segunda protetora chegou com o meu bichano na caixa de transporte. Magrelo e orelhudo, ele estava muito ameaçado. Bufava sem parar! Eu tinha decidido confiar no que o Universo me traria, mesmo que ele parecesse bravo. Não suportaria rejeitar um bichinho necessitado! E assim foi. A protetora ficou de levar o escolhido até minha casa dentro de alguns dias.


Na véspera de sua chegada, possíveis nomes para ele rondavam minha cabeça. Por fim, um se destacou. Desde adolescente, minha mesa de cabeceira se divide entre o abajur e pilhas de livros sobre espiritualidade. Em um deles, li que Yeshi era o apelido carinhoso dado a Jesus Cristo pelos seus seguidores mais próximos. Escolhi esse nome. Pronto! Já tinha um nome significativo para dar ao peludo e, de certa forma, ‘batizá-lo’ para sua nova vida.


Tocou a campainha e fui abrir a porta. Vislumbrei a protetora. A caixa de transporte com o Yeshi era carregada pelo namorado dela. Ele vestia uma camiseta com o rosto de Cristo ocupando toda a frente. Fui arrebatada por aquela cena direto no coração. Yeshi/Cristo estava entrando na minha vida!  Tive vontade de chorar!


Você lembra do dia em que seu bichinho chegou? O que sentiu? Qual nome escolheu para ele? O que mudou depois disso?


Yeshua, cujo diminutivo é Yeshi, é considerado por alguns estudiosos o nome original de Jesus Cristo em hebraico. Significa “salvar” ou "salvação". Não precisei que ele me salvasse, mas não é raro tutores se referirem a seus pets como salvadores ou como curadores feitos de puro amor.


Independente da crença espiritual e do sentido do Natal para cada um, é inegável que os animais de estimação nos despertam ternura. Abrem nosso coração. Conviver com eles renova as lições do Cristo todos os dias:


·  Amar o próximo como a si mesmo

·  Viver com simplicidade

·  Viver o agora

·  Não julgar

·  Perdoar

·  Não acumular bens. Confiar na providência, e

·  Saber que não estamos sós.


Que presente de Natal!

Patrícia Vidal

Psicóloga especializada em vínculos e luto por perda de animais domésticos.

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