


Com mais de 30 milhões de animais nas ruas, consequências atingem a todos
Não é incomum que quem não se interesse por animais ache um absurdo propostas em defesa dos bichos na política. Mas é um equívoco.
Da segurança à sáude, a rotina envolve animais domésticos e silvestres. Dados da Organização de Saúde Animal, mais de 60% das doenças humanas passam pelo animal primeiro para depois chegar no ser humano. O contrário acontece também. "Qualquer desequílibrio nas populações animais pode representar risco á saúde humana, veja agora a pandemia. Sempre citam animais", diz Odemilson Mossero, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo.
Problemas para todos - Abandono e risco de superpopulação são problemas crônicos nas cidades brasileiras. Ainda que seja crime (Lei federal 9.605/98), abandonar um bicho é fora da lei.
Mas o que acontece com ele quando se vê sem teto, nem proteção pode resultar em consequências para a sociedade: desde acidentes de trânsito, reações agressivas até problemas no meio ambiente. O médico veterinário exemplifica: "O animal vai ter fome, normalmente vai procurar no lixo, vai espalhar esse resíduo e com isso vai atrair ratos e baratas que também trasmitem muitas doenças".
Brasil tem entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães.
Saúde pública - Todos os animais, inclusive nós humanos, podemos transmitir doenças. Sem vacinasou tratamentos, essas chances aumentam. Com os bichos é igual.
No caso de cães e gatos, na condição de abandono, há enfermidades que podem nos atingir como a Leishmaniose visceral e a raiva. Podem matar o ser humano.
E os políticos? O que tem a ver? - Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil tem entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Para resolver um cenário assim, somente políticas públicas. Programas de castração, diagnóstico das populações, registro e identificação desses cães e gatos e a responsabilização dos tutores. Esse conjunto de ações evitaria muito sofrimento - de humanos e outros animais.

Animal bebe água em poça