Não é terapia, mas pode trazer algum alívio como um bom café quentinho em dias difíceis. Soma-se a isso, pessoas que entendem a sua dor. Os encontros do “Death Café” - ou “Café da Morte” - promovem reuniões de pessoas que estão em momentos parecidos relacionados a perdas. O luto é o ponto central. “Esse projeto se propõe a tomar café, comer bolo e conversar sobre a morte. Não é terapia, não é sessão de grupo, não é aconselhamento, nem propaganda, nem tem fim político. A gente senta e conversa”, explica Roberto Palmeira, coordenador do Death Café no Rio Janeiro.

A ideia nasceu em 2008, na Europa. Ganhou o mundo a partir de 2011. No Rio, em 2018. As conversas sempre partem de experiências e sentimentos relacionados a doenças e à morte propriamente dita. Mas misturar luto por perdas humanas com aquelas relacionadas aos animais de estimação na mesma roda de conversa não costuma dar certo. Lutos não reconhecidos pela sociedade podem ser encarados como uma perda menor. “Pode ser, pode não ser. Dói para cada um”.